Descubra tudo sobre a dromomania, a síndrome da viagem compulsiva! Entenda seus gatilhos, impactos e como buscar tratamento.
Sabe aquela vontade de arrumar as malas, pegar um avião e sumir por uns dias? Todo mundo sente isso de vez em quando. Mas e se esse desejo for incontrolável?
Se você simplesmente não conseguir ficar parado e precisa estar sempre indo para algum lugar novo? Isso pode ser um sinal de dromomania.
Mas calma, não é porque você adora viajar que tem essa condição! Vamos entender melhor o que é isso e como ela pode impactar a vida de quem a vivencia.

Saiba o que é a síndrome de dromomania
A dromomania é um transtorno comportamental caracterizado por um desejo compulsivo e incontrolável de viajar. Diferente de quem simplesmente ama conhecer novos lugares, a pessoa com dromomania sente uma necessidade quase irracional de estar sempre em movimento.
E não estamos falando de uma simples paixão por viagens, mas de algo que pode afetar o trabalho, os relacionamentos e a rotina da pessoa.
Quem tem dromomania pode, de uma hora para outra, decidir largar tudo e sair por aí, sem planejamento, sem destino fixo, apenas com a vontade de estar em algum lugar novo. O problema é que essa busca incessante pode acabar trazendo mais problemas do que boas experiências.
Problemas relacionados ao comportamento dromomaníaco
Viver na estrada pode parecer um sonho, mas quando isso se torna uma necessidade incontrolável, as consequências podem ser complicadas. O comportamento dromomaníaco pode levar a dificuldades financeiras, falta de estabilidade e até ao distanciamento de amigos e familiares.
A incapacidade de permanecer em um lugar por muito tempo pode causar problemas emocionais, como ansiedade e solidão.
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Riscos à integridade física
A impulsividade da dromomania pode expor o indivíduo a situações de risco. Viajar sem planejamento pode resultar em estadias em locais perigosos, falta de dinheiro para necessidades básicas e até mesmo situações de vulnerabilidade em países estrangeiros.
A necessidade incontrolável de viajar pode levar a atitudes imprudentes, como aceitar caronas de desconhecidos, se expor a riscos sanitários ou até mesmo ignorar sinais de exaustão física, resultando em problemas de saúde.
Interferir nas relações pessoais e de trabalho

Manter relacionamentos saudáveis pode ser um grande desafio para quem sofre de dromomania. A necessidade constante de estar em movimento pode afastar familiares, amigos e parceiros amorosos, que não conseguem lidar com a instabilidade emocional e física da pessoa.
No ambiente de trabalho, a situação também se complica, já que a falta de comprometimento e a imprevisibilidade tornam difícil manter empregos estáveis.
Muitos dromomaníacos acabam optando por trabalhos temporários ou informais, o que pode gerar insegurança financeira a longo prazo. Com o tempo, essas dificuldades podem levar à solidão e ao arrependimento por não ter cultivado relações mais profundas.

Principais gatilhos para dromomania
A dromomania pode ser desencadeada por diversos fatores psicológicos e emocionais. Muitas vezes, está associada à busca por liberdade, fuga de problemas pessoais ou uma necessidade intensa de experimentar o novo.
Algumas pessoas relatam que o impulso de viajar surge como uma resposta ao estresse ou à insatisfação com a rotina. Fatores como ansiedade, depressão e até traumas podem estar diretamente ligados ao desenvolvimento desse transtorno.
O desejo de escapar da realidade e a idealização de uma vida sem amarras são aspectos comuns em quem sofre dessa condição.
Fotografias de lugares exóticos
As redes sociais desempenham um papel significativo no estímulo à dromomania. Fotografias de lugares exóticos, praias paradisíacas, cidades históricas e experiências culturais diferentes podem despertar um desejo incontrolável de sair pelo mundo.
O impacto visual das imagens compartilhadas cria uma sensação de necessidade urgente de explorar esses locais. Para aqueles que já têm tendência à dromomania, essas fotos podem ser um gatilho poderoso, reforçando a ideia de que a felicidade está sempre ligada à próxima viagem.
Histórias de viagens
Relatos de aventuras pelo mundo, sejam eles contados por amigos, blogueiros ou influenciadores digitais, podem alimentar ainda mais o desejo de viajar compulsivamente. Ler sobre experiências transformadoras, conhecer culturas diferentes e descobrir lugares únicos desperta um sentimento de inquietação nos dromomaníacos.
Essas histórias criam uma ilusão de que a vida só tem sentido quando se está em constante movimento, tornando difícil para essas pessoas encontrar satisfação em uma rotina mais estável.
Filmes e documentários
Filmes e documentários sobre viagens são uma verdadeira tentação para quem já tem um espírito aventureiro. Obras como “Na Natureza Selvagem“ e “Comer, Rezar, Amar” inspiram muitas pessoas a largarem tudo e explorarem o mundo.
Livros de viagens

A literatura de viagens também exerce um papel crucial no comportamento dromomaníaco. Ler sobre aventuras inspiradoras, descrições detalhadas de cidades encantadoras e relatos de viajantes experientes cria uma conexão emocional intensa.
Para aqueles que sofrem desse transtorno, os livros funcionam como uma janela para o mundo, tornando difícil resistir à vontade de partir para uma nova jornada.
A sensação de pertencimento a histórias de viajantes errantes pode reforçar o ciclo de impulsividade e busca incessante por novas experiências.
Experiências passadas
Muitas pessoas que desenvolvem a dromomania tiveram experiências marcantes de viagem no passado. Seja uma viagem inesquecível na infância ou um período sabático repleto de descobertas, essas memórias podem criar um desejo intenso de reviver aquela sensação de liberdade e encantamento.
A comparação entre a vida cotidiana e esses momentos de euforia pode gerar insatisfação e a necessidade de buscar constantemente novas experiências, levando à impulsividade característica do transtorno.

Tratamento da dromomania: terapias utilizadas
Embora a dromomania não seja amplamente estudada, existem algumas abordagens terapêuticas que podem ajudar a controlar essa necessidade constante de viajar.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das mais indicadas, pois ajuda a entender os gatilhos e desenvolver estratégias para lidar com eles. Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para controlar a ansiedade e a impulsividade.
Além disso, o autoconhecimento e a prática do mindfulness podem auxiliar na busca por um equilíbrio entre o desejo de explorar o mundo e a necessidade de manter uma vida estável.