O Bisão é Selvagem e Forte: Importância, Subespécies e Onde Encontrar

O bisão americano está intimamente ligado à cultura, tradição e história dos Estados Unidos. Infelizmente, por volta de 1500, colonizadores europeus introduziram armas de fogo para a caça do Bisão, reduzindo consideravelmente a população deste animal no país. 

Por volta de 1900, ocorre a expansão ferroviária potencializando o colonialismo e consequentemente intensificando a caça. Neste período, a população de bisões cai de 100.000 para cerca de 1800. Conheça um pouco mais sobre a história desta espécie fascinante e como ela impacta na vida dos americanos.

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Saiba o que é um bisão

O bisão é um mamífero grande da família Bovidae, sendo nativo da América do Norte, porém, possui uma trajetória migratória de movimentos sazonais. Embora seja um animal robusto, o bisão se alimenta apenas de grama, folhas e brotos. 

Para se proteger, o Bisão utiliza apenas os chifres e o corpo, sendo um animal poderoso e potencialmente perigoso, especialmente se sentir ameaçado.

Possui uma expectativa de vida de apenas 20 anos. Sua reprodução é beneficiada pela rapidez com que seus filhos crescem. Em apenas 3 anos já possuem maturidade sexual, estando prontos para reprodução. 

Selvagens e perigosos

Conforme dito anteriormente, o Bisão é um animal potencialmente perigoso. Além de uma corrida potente que pode chegar a 60 km/h, esmagando qualquer obstáculo à sua frente, o animal realiza ataques com chifres causando ferimentos fatais.

Para evitar ser atacado pelo Bisão, o ideal é que evite uma proximidade excessiva, pois o animal pode se sentir ameaçado. Evite também realizar qualquer tipo de surpresa ou movimentos bruscos, pois o bisão pode ter uma reação agressiva. Quando se trata de seus filhotes, o Bisão é extremamente protetor, pois isso, evita se aproximar. 

Bisão: simbolismo dos EUA

bisão peso

Nos Estados Unidos, o bisão tornou-se uma figura forte e marcante, sendo considerado um símbolo nacional. 

O povo americano entende que características singulares do animal são similares às características do próprio povo americano como: força, resistência, liberdade, coragem e bravura. Outro fator importante é sua presença marcante em solo americano no período pré-colonial.

Bisões e os povos nativos americanos

Antes mesmo do período colonial, os bisões já possuíam uma conexão profunda com os povos nativos americanos, que remonta a milhares de anos. Entre os aspectos desta conexão podemos destacar a sua importância cultural e espiritual, sendo considerados sagrados em muitas culturas indígenas.  

Para além das questões espirituais, o Bisão possuía uma importância prática relevante, pois eram utilizados na alimentação e na produção de roupas e calçados. Seus chifres também eram muito valiosos sendo utilizados no desenvolvimento de ferramentas. Já a gordura era utilizada na iluminação e produção de sabão.

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Saiba qual a diferença do búfalo para o bisão

Devido a semelhante, à primeira vista o bisão pode ser confundido com o búfalo, porém são animais distintos. O Búfalo tem sua origem na Ásia e África, porém, agora pode ser encontrado em várias partes do mundo. Já o Bisão, como dito anteriormente é nativo da América do Norte.

Fisicamente, o Búfalo é maior que bisão, possuindo chifres mais curvos e largos. Possui também uma pelagem mais escura e rugosa. 

Saiba onde encontrar os bisões nos EUA

O bisão pode ser encontrado em parques nacionais e refúgios. Entre os estados americanos com maiores populações de bisões podemos destacar:

National Bison Rang, Montana

Se você é apaixonado por turismo de aventura e deseja ver de perto o bisão, o National Bison Range (NBR), em Montana, é, com certeza, o local ideal.  O parque possui um Drive-through que oferece uma Rota de 19,5 km para observar bisões, elk, cervos e outras espécies. A população de bisões no NBR é de cerca de 500 bisões.

Além disso, é possível encontrar trilhas perfeitas para caminhada com mais de 20 km. O National Bison Range foi fundado em 1908 e possui uma área de 7.490 hectares. 

Ilha Catalina, Califórnia

bisão altura

A Ilha Catalina, na Califórnia, também é o lar de uma pequena população de bisões. O curioso é que inicialmente os bisões foram trazidos para ilha para a produção do filme The Vanishing Americanem 1924. 

No total, a produção cinematográfica trouxe para a ilha apenas 14 bisões e atualmente possui uma população de mais de 600 animais. 

O legal é que os bisões podem ser observados em seu habitat natural. Lembre-se, no entanto, das dicas de segurança: mantenha distância, evite alimentar o animal, não toque e respeite o seu espaço.

Theodore Roosevelt National Park, Dakota do Norte

O Theodore Roosevelt National Park , na Dakota do Norte, é sem dúvida, um dos principais habitats dos bisões nos EUA. No total, o parque possui cerca de 600 bisões. O melhor local para avistar os animais é no Scenic Drive com uma rota de 48 km e vistas panorâmicas.

O Theodore Roosevelt National Park fica aberto o ano todo, porém, a visibilidade é bem melhor entre os meses de abril a outubro. O valor de entrada para veículos é de apenas US$ 30, válidos por 7 dias. 

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Golden Gate Park, Califórnia

Desde 1891 Golden Gate Park abriga um pequeno rebanho de bisões americanos. Com uma população de apenas 15 bisões, o parque possui uma área de 4,9 hectares. 

A entrada é gratuita, o que  vai facilitar muito o passeio em família. O local possui estacionamento e funciona das 6h às 22h.

Afinal, existe bisão no Brasil

A boa notícia é que sim, existem bisões no Brasil, porém os bisões são extremamente raros e encontradas em apenas em alguns locais específicos. Entre eles podemos destacar o Parque Nacional das Emas em Goiás que possui um programa de reintrodução de bisão americano. Há também uma reserva particular de bisões americanos na Fazenda Rio Negro no Mato Grosso. 

Em Brasília, podemos apreciar os bisões no Parque Zoobotânico que possui alguns bisões em cativeiro, assim como o Zoológico de São Paulo.

Saiba qual é a profecia do Bisão branco

A profecia do Bisão Branco é uma tradição indígena norte-americana que carrega um profundo simbolismo espiritual e cultural. Ela é associada à tribo Lakota, mas também é compartilhada por outras comunidades nativas da América do Norte. 

Segundo essa profecia, o Bisão Branco surge como um ser sagrado, trazendo uma mensagem de transformação e renovação para o povo nativo e para toda a humanidade.

Conheça as diferenças do Bisão europeu

O bisão europeu (Bison bonasus) é menor e mais esguio que o bisão americano, com cerca de 400 a 920 kg e pelagem mais curta, adaptada ao clima europeu. Ele habita principalmente florestas e prados da Europa, enquanto o bisão americano vive nas planícies da América do Norte. O bisão europeu esteve extinto na natureza até ser reintroduzido, sendo hoje uma espécie vulnerável. 

Ambas as espécies enfrentam desafios de conservação, mas o bisão americano tem uma população maior devido a esforços mais antigos de recuperação. Ambos são símbolos importantes da natureza e da preservação ambiental.

Saiba qual é o comportamento social e reprodução do Bisão 

Bisão branco

Os bisões são animais altamente sociais que vivem em grupos organizados. As fêmeas e os filhotes formam grandes manadas, enquanto os machos adultos tendem a ser mais solitários ou andar em pequenos grupos. 

Na época de acasalamento, os machos competem entre si para conquistar as fêmeas, o que pode gerar embates impressionantes. A gestação dura cerca de nove meses e, geralmente, nasce apenas um filhote por vez. 

Desde cedo, os filhotes aprendem a se integrar à manada e a seguir os adultos na busca por alimento e abrigo

Saiba quem são os predadores naturais do Bisão

Embora sejam animais enormes e robustos, os bisões têm alguns predadores naturais. Lobos são os principais caçadores, especialmente de filhotes ou bisões idosos e doentes. Ursos também podem atacar bisões, embora seja mais raro. 

Além dos predadores naturais, o maior perigo para esses gigantes é o ser humano, que já os caçou em grande escala no passado, levando espécies inteiras à beira da extinção. 

Hoje, a caça é controlada e existem áreas protegidas para garantir a sobrevivência da espécie.

Afinal, é possível consumir carne de Bisão?

Sim, a carne de bisão é consumida em algumas regiões, principalmente na América do Norte e na Europa. Ela é considerada mais saudável do que a carne bovina, pois tem menos gordura e mais proteína. Seu sabor é mais intenso, lembrando um pouco o da carne de caça. 

Apesar disso, a carne de bisão não é tão comum, pois a criação desses animais é mais limitada e focada em preservação e sustentabilidade.

Saiba qual é o preço da carne de Bisão

Por ser uma carne mais rara e produzida em menor escala, o preço do bisão é consideravelmente mais alto do que o da carne bovina. Dependendo da região e da qualidade do corte, o quilo pode variar entre R$150 e R$400. 

Em restaurantes especializados, pratos à base de bisão podem custar bem mais do que um tradicional bife de carne bovina. A alta demanda por alimentos saudáveis e sustentáveis tem impulsionado o interesse pela carne de bisão, tornando-a uma opção premium no mercado gastronômico.

Saiba qual é o habitat do Bisão

Os bisões são encontrados em ambientes variados, mas cada espécie tem sua preferência. O bisão-americano vive em pradarias abertas e planícies da América do Norte, enquanto o bisão-europeu habita florestas densas do continente europeu. 

Eles precisam de grandes áreas para pastar e migrar, pois sua dieta é baseada em capim e vegetação rasteira. Durante o inverno, eles usam suas poderosas cabeças para cavar a neve em busca de alimento, mostrando sua incrível adaptação ao ambiente.

Saiba quantos quilos chega um Bisão

Os bisões são verdadeiros gigantes do mundo animal. Um macho adulto pode pesar entre 800 kg e 1.200 kg, enquanto as fêmeas são um pouco menores, com peso entre 500 kg e 700 kg. 

O recorde já registrado de um bisão ultrapassou os 1.300 kg! Mesmo com esse tamanho impressionante, eles são ágeis e podem correr a velocidades de até 60 km/h.

Saiba qual é o maior Bisão do mundo

O gauro (Bos gaurus) é o maior bovino selvagem do mundo, superando até os bisões e búfalos africanos em tamanho. Nativo da Ásia, especialmente da Índia, ele é conhecido por seu corpo musculoso, com uma crista dorsal marcante e uma barbela grande, característica dos machos, que são significativamente maiores que as fêmeas. 

Os machos podem pesar entre 588 e 1.500 kg, enquanto as fêmeas variam de 440 a 1.000 kg. 

Com um comprimento de 250 a 330 cm e uma altura média de 188 cm nos machos, o gauro ocupa um lugar entre os maiores animais terrestres, sendo superado apenas por elefantes, rinocerontes, hipopótamos e girafas. 

Considerado um animal imponente e forte, o gauro também é ancestral do gado doméstico, participando da formação do gado zebu.

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Subespécies e variedades de Bisões

Os bisões são divididos em algumas subespécies, cada uma com características únicas. A seguir, conheça as principais:

Bisão-da-floresta

Essa é a maior subespécie de bisão-americano, encontrada principalmente no Canadá. Eles vivem em áreas florestais e são mais escuros e robustos do que seus parentes das pradarias. Como seu habitat é mais fechado, eles têm adaptações para se mover melhor entre as árvores e lidar com a vegetação densa.

Bisão-das-pradarias

Esse é o bisão clássico que vemos em filmes e documentários sobre o Velho Oeste. Ele habita as vastas planícies da América do Norte e já foi o mamífero terrestre mais abundante do continente. Seu corpo é um pouco mais esguio do que o do bisão-da-floresta, mas ainda assim é um animal imponente e extremamente resistente.

Bisão-polonês

Também chamado de bisão-europeu, esse animal foi quase extinto no início do século XX, mas projetos de conservação ajudaram a recuperar sua população. Hoje, eles podem ser encontrados em algumas florestas da Polônia e de outros países da Europa. Eles são um pouco menores do que os bisões-americanos, mas ainda assim impressionantes.

Bisão-da-Rússia

Essa variedade do bisão-europeu pode ser encontrada em algumas áreas da Rússia, especialmente em regiões de florestas densas. Assim como os demais bisões europeus, sua população foi severamente reduzida no passado, mas programas de preservação têm ajudado na recuperação da espécie.

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